Primeiro-ministro da Eslováquia será o único líder da União Europeia na parada militar de Pequim
O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, será o único dirigente da União Europeia (UE) a assistir à parada militar na Praça de Tiananmen, em Pequim, que irá assinalar o 80.º aniversário da capitulação do Japão na Segunda Guerra Mundial.
Corpo do artigo
De acordo com o diário "Pravda", hoje citado pelas agências internacionais, Fico será o único líder do bloco dos 27 presente nas cerimónias e será apenas um dos dois países europeus representados em Pequim, uma vez que o Presidente sérvio, Alexander Vucic, também estará na capital chinesa para celebrar a efeméride.
A parada militar na praça Tiananmen contará com a presença de cerca de 27 líderes, maioritariamente da Ásia.
O evento marca a efeméride da invasão da China pelo Japão (1931-1945) e a guerra civil entre nacionalistas e comunistas na China (1927-1949), que estabeleceram uma trégua para lutar contra as tropas japonesas.
A invasão japonesa causou mais de 35 milhões de baixas entre as tropas e civis chineses até 1945, de acordo com Pequim, representando um terço das baixas.
Para além do anfitrião, o Presidente chinês Xi Jinping, estarão na tribuna o Presidente russo, Vladimir Putin, e o Presidente norte-coreano, Kim Jong-un, cujos soldados intervieram, em apoio das forças russas, na guerra em curso na Ucrânia.
Robert Fico, ignorando os apelos da responsável pela política externa da UE, Kaja Kallas, deslocou-se a Moscovo em maio passado, por ocasião da celebração da capitulação da Alemanha nazi.
O governante da Eslováquia não assistiu à parada militar na Praça Vermelha que assinalou na ocasião a efeméride, mas manteve encontros com o anfitrião russo Vladimir Putin, Xi Jinping e com o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
"Irei a Moscovo prestar a minha homenagem aos milhares de soldados do Exército Vermelho que morreram a libertar a Eslováquia", afirmou Fico, em abril, numa reação aos apelos de Kaja Kallas.
Robert Fico é um dos poucos líderes europeus que se mantêm próximos do Kremlin (presidência russa).