Dinamarca e Países Baixos anunciaram, na cimeira da NATO, que “processo de transferência” está em curso.
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A declaração dos governos dinamarquês e neerlandês foi hoje divulgada pela Casa Branca no âmbito da cimeira de três dias da NATO que decorre em Washington até esta quinta-feira. Os tão ansiados caças de combate F-16, fornecidos por Copenhaga e Amesterdão, estão a caminho da Ucrânia e participarão em missões já este verão.
Após longos meses de treino de pilotos e de extensas negociações políticas, Dick Schoof, primeiro-ministro dos Países Baixos, e Mette Frederiksen, sua homóloga da Dinamarca, anunciaram que o “processo de transferência” dos F-16 para Kiev estava em andamento.
“A Ucrânia estará a voar com F-16 operacionais este verão”, disseram os dois líderes na mesma declaração, citados pelo jornal “the Guardian”. Trata-se dos primeiros de cerca de 85 aeronaves de combate F-16 – de fabrico norte-americano – que foram prometidas a Kiev para tentar conquistar ganhos e reverter a favor da Ucrânia a evolução da guerra.
O anúncio vem abrir um cenário de esperança para a Ucrânia, depois da longa pressão exercida e tantas vezes reiterada pelo presidente Volodymyr Zelensky para que os jatos de combate ocidentais complementassem a muito limitada e anacrónica capacidade aérea das forças de Kiev, não comparável à capacidade russa.
Zelensky grato
O presidente ucraniano mostrou-se grato a Dinamarca, Países Baixos e Estados Unidos por tomarem o que descreveu como medidas práticas de assistência, desejando que novas doações destes caças permitam atingir a meta de 130 aeronaves.
“Os F-16s também serão usados para reforçar a defesa aérea da Ucrânia. Estou confiante de que nos ajudarão a proteger melhor os ucranianos de ataques russos brutais, como o ataque desta semana ao hospital infantil Okhmatdyt em Kiev”, disse Zelensky, que agradeceu ainda à Bélgica e Noruega pelo “seu compromisso em fornecer os seus jatos F-16”.