A Procuradoria-Geral da República da Guiné-Bissau ordenou a prisão preventiva para a mulher que deitou óleo quente sobre uma jovem de 13 anos.
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A mulher "encontra-se presa neste momento, aguardando acusação provisória", refere, em comunicado, a Procuradoria-Geral da República.
A jovem sofreu queimaduras de terceiro grau e encontra-se internada no hospital Simão Mendes, de Bissau.
A mulher que terá derramado o óleo acusa a jovem de ter deixado cair o seu filho de sete anos, disse o presidente da Associação de Defesa e Proteção das Empregadas Domésticas (APROMED), Sene Cassamá.
A APROMED foi fundada em 2014 e desde então já atendeu mais de 100 denúncias de empregadas domésticas e o gabinete jurídico ajudou a encontrar uma "solução satisfatória para 39 empregadas", afirmou Sene Cassamá.
Num estudo divulgado, em janeiro de 2018, a APROMED concluiu que 85% das empregadas domésticas em Bissau são analfabetas e 95% não estão inscritas na Segurança Social.
O estudo denunciou também que há empregadas domésticas com idades compreendidas entre os 12 e 14 anos e que muitas trabalham a troco de um saco de arroz de 50 quilogramas.
O mesmo estudo refere que 90% das empregadas trabalham mais de 14 horas diárias, sem direito ao pagamento de horas extraordinárias ou férias.