Professor pedófilo galego que fugiu por Portugal foi detido em Cuba

A detenção de Martiño Ramos Soto foi confirmada à polícia espanhola na tarde se segunda-feira. Havia um pedido de captura internacional contra o pedófilo, acusado de abusar de forma sádica de uma aluna no colégio onde dava aulas de música e noutros locais isolados desde outubro, mas na segunda-feira de manhã as autoridades tinham pedido a Havana que reforçasse a vigilância ao fugitivo.

Os abusos sexuais violentos durante mais de dois anos contra a menor chocaram a comunidade de Ourense, na Galiza. A busca pelo galego de 50 anos foi muito mediática e a polícia tinha informado que o plano de evasão tinha sido meticulosamente traçado antes da decisão final do tribunal, enquanto o arguido se encontrava em liberdade. Entrou em Portugal por via terrestre e depois fugiu para o Brasil, voou para o Paraguai, acabando por refugiar-se em Cuba, onde contava com a ajuda de terceiros e trabalhava atualmente como fotógrafo.

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Localizado pelas publicações no Instagram

Apesar de Espanha não ter um tratado ativo de extradição com Cuba, foi possível aos dois países entenderem-se sobre a captura e a entrega de Soto às autoridades espanholas.

O homem estava em paradeiro incerto desde que o Supremo Tribunal confirmou a pena proferida pelo tribunal de Ourense. Para a fuga, utilizou o próprio passaporte, uma vez que a sentença ainda não tinha sido proferida e não havia qualquer ordem de captura emitida no seu nome.

Ramos mudou o visual, mas ao longo do tempo em que viveu em Cuba fez 51 publicações na rede social Instagram, e quem o procurava conseguiu identificá-lo, apesar de ter criado uma conta com o apelido materno, Soto. Trabalhou como fotógrafo, em desfiles e galerias de arte, como descrevem os meios de comunicação social espanhóis, até ser detido. Deverá chegar a Espanha nas próximas horas.