O México anunciou o fim do programa para migrantes "Fique no México", criado pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump para obrigar milhares de requerentes de asilo a esperar naquele país até à data das suas audições.
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O atual presidente dos EUA, Joe Biden, já tinha indicado, em agosto, que o Departamento de Segurança Interna ia começar a desmantelar o programa, depois de um juiz federal do Texas ter anulado a ordem para restabelecer a política, descrita por organizações internacionais como a Human Rights Watch como "uma aberração".
Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros do México, desde o dia 19 de junho que já não há migrantes a serem devolvidos pelos Estados Unidos a áreas como Tijuana ou Baja California.
Face à situação, o México assegurou que "vai garantir", em território nacional, a todos os migrantes, proteção e assistência humanitária, além de administrar testes para a covid-19 e ajuda aos casos positivos do vírus.
Formalmente apelidado como "Protocolos de Proteção aos Migrantes" (MPP), o programa impedia a entrada de requerentes de asilo da América Central nos Estados Unidos enquanto os tribunais estivessem a deliberar sobre os seus estatutos e até que fossem chamados a audições no país de destino.
Biden suspendeu esta política no seu primeiro dia no cargo, mas o Texas e o Missouri processaram o Governo pela suspensão do programa, argumentando que acabar com ele representava um fardo para os estados já que os migrantes usam os serviços estaduais para obter cartas de condução e ter atendimento hospitalar para a pandemia.