Tropas russas decidiram libertar o presidente da Câmara e abandonar a cidade ucraniana de Slavutych após vários protestos. Em troca, a população comprometeu-se a entregar as armas ao autarca.
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Várias centenas de residentes de Slavutych, no norte da Ucrânia, marcharam até à praça principal em protesto contra a ocupação russa da cidade e a detenção do presidente da Câmara. Os soldados russos dispararam rajadas de metralhadora para o ar e atiraram granadas de atordoar, mas nem assim a população se moveu. Pelo contrário, vieram ainda mais pessoas para a praça.
Peaceful rally against Russian occupation in Slavutych, Kyiv regions. Russian soldiers shoot in the air trying to scare people, but Ukrainians cannot be scared that easily #StandWithUkraine️ pic.twitter.com/LQUUQhy7mI
- UkraineWorld (@ukraine_world) March 26, 2022
Ao ver que as suas manobras de intimidação não tinham sucesso e que a praça continuava cheia, os soldados decidiram libertar Yuro Fomichev com uma proposta de acordo: se a população entregasse as armas ao autarca e os deixasse fazer uma busca para se certificarem que não havia soldados ucranianos nem armas, eles iam-se embora e apenas ficaria um posto de controlo nos arredores da cidade.
A população aceitou e após a vistoria os russos abandonaram a cidade de 25 mil habitantes que fica no limite de exclusão da central de Chernobyl. A história foi relatada ao jornal "The Guardian" pelo governador da região de Kiev, Oleksandr Pavlyuk.