Puigdemont rompe com o PSOE: "Um pacto que não é implementado é um acordo quebrado"

Carles Puigdemont, líder do Junts, anunciou rutura com o PSOE
Foto: Ed Jones / AFP
O ex-presidente catalão e líder do Junts avisou o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que não terá orçamento nem capacidade de governar se os militantes do partido ratificarem a sua posição de rutura com o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE). A votação interna decorre esta semana e o resultado será anunciado na quinta-feira.
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"Um pacto que não é implementado é um acordo quebrado", disse o líder do Junts, Carles Puigdemont, esta segunda-feira à tarde, numa conferência de imprensa sem resposta a perguntas, citado pelo jornal espanhol "El País". Esta manhã, o comité executivo do seu partido esteve reunido em Perpignan, em França, e endossou a sua proposta de romper o pacto de investidura assinado com o PSOE em 2023.
Os membros do Junts vão votar a decisão numa consulta interna a decorrer entre quarta e quinta-feira. O resultado será anunciado na quinta-feira, pelas 18 horas. "O governo espanhol não poderá recorrer à maioria de investidura, não poderá aprovar um orçamento e não terá capacidade de governar", alertou Puigdemont, na eventualidade de a proposta ser ratificada pelos membros.
Na reunião, o líder do Junts defendeu a necessidade de romper os laços com o PSOE devido à falta de progresso em questões-chave como a amnistia, a transferência de poderes de imigração e o estatuto oficial da Catalunha na União Europeia. O PSOE expressou "absoluto respeito" pela decisão do Junts, enquanto aguarda o desenvolvimento. "Há diálogo, há mão estendida, há negociação", afirmou Montse Mínguez, porta-voz da direção do PSOE.

