
Presidente russo, Vladimir Putin, assinalou Dia da Unidade Nacional
Foto: Maxim Shipenkov/EPA
O presidente russo, Vladimir Putin, condecorou os criadores do míssil Burevestnik e do torpedo Poseidon, ambos de propulsão nuclear, por ocasião do Dia da Unidade Nacional.
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"Hoje, aqui no Kremlin, homenageamos aqueles que deram um exemplo de serviço digno à Pátria", declarou Putin durante a cerimónia, na terça-feira, que ocorre ao cabo de mais de três anos e meio desde o início da invasão da Ucrânia.
O Dia da Unidade Nacional, celebrado em homenagem à vitória sobre a ocupação polaca no século XVII, foi instituído na Rússia em 2005, substituindo o dia 7 de novembro, aniversário da Revolução Bolchevique de 1917, no calendário dos feriados nacionais.
Na cerimónia de entrega das condecorações, o presidente russo agradeceu aos autores dos engenhos militares Burevestnik e Poseidon e a todas as pessoas que participaram na criação destas "armas poderosas, eficazes e únicas".
O resultado, segundo o líder do Kremlin (presidência russa), "tem, sem exagero, um significado histórico" para o povo russo, referindo que garantirá a segurança e a paridade estratégica do país durante as próximas décadas.
Vladimir Putin destacou que o míssil Burevestnik "supera todos os sistemas de mísseis conhecidos no mundo em termos de alcance" e sugeriu que especialistas estrangeiros puderam testemunhá-lo nos testes realizados em 21 de outubro, através de um navio espião da NATO presente na área. "Não interferimos no trabalho deles. Deixámos que observassem", comentou.
O líder russo acrescentou que "os novos princípios de funcionamento do torpedo Poseidon darão um impulso significativo à melhoria dos veículos não tripulados (drones)" e que, graças, ao desenvolvimento destas armas, Moscovo criou novos materiais e soluções digitais.
"A sua utilização permitirá avanços significativos não só na indústria militar, mas também em muitos setores civis durante a implementação de projetos e programas nacionais prioritários, incluindo energia nuclear, instalações energéticas para as regiões do Ártico e exploração espacial", afirmou.
