Repórteres Sem Fronteiras incluem Maduro, Milei e Putin entre "predadores" da imprensa
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou a lista de 34 "predadores" para assinalar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, na qual se encontram os presidentes Nicolás Maduro, Javier Milei e Vladimir Putin.
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Na lista divulgada esta sexta-feira, constam nomes como o do presidente venezuelano Nicolás Maduro, o nicaraguense Daniel Ortega e o argentino Javier Milei, bem como o cartel mexicano Jalisco Nueva Generación e a Fundação Antiterrorista da Guatemala. Estes nomes "atacaram violentamente jornalistas e o direito à informação", destacam os RSF.
Todos os indicados têm em comum "um ódio compartilhado pela liberdade de imprensa", cujo objetivo principal passa por "silenciar as vozes independentes e fragilizar o direito à informação", realça a organização.
Entre os 34 chefes de Estado e de Governo, líderes religiosos, milícias e organizações criminosas que perseguem jornalistas, encontram-se também o presidente russo, Vladimir Putin, o turco Recep Tayyip Erdogan, o bielorrusso Alexander Lukashenko, o húngaro Viktor Orbán, o sérvio Aleksandar Vucic e o eslovaco Robert Fico.
Estão também aqueles que, durante anos, perseguiram "implacavelmente" a imprensa, como o Partido Comunista Chinês, com Xi Jinping à frente, Mohammed Bin Salman, da Arábia Saudita, a quem a organização internacional coloca ao mesmo nível de Putin e Lukashenko.
Todos eles se destacaram novamente em 2025 pela sua "repressão desenfreada" contra jornalistas e meios de comunicação, afirmam os RSF.
As forças aramadas israelitas "responsáveis pela morte de quase 220 jornalistas sob o Governo do primeiro-ministro Benjamim Netanyahu", também estão incluídas.
A Comissão Estatal de Paz e Segurança da Birmânia e a junta militar governante do Burquina Faso, liderada pelo capitão Ibrahim Traoré, são igualmente apontados por silenciar "ativamente aqueles que fazem reportagens independentes".
No México, prevê-se que o Cartel Jalisco Nueva Generación (CJNG) se consolide em 2025 como a organização criminosa mais violenta do país e um dos maiores predadores do jornalismo, acrescentam os RSF.
Em 2025, os predadores da liberdade de imprensa também se caracterizam pelo uso crescente da tecnologia para impedir a liberdade de informação.
Enquanto Xi Jinping usa "chatbots" chineses para difundir propaganda estatal, Elon Musk usa a sua rede social X para perseguir jornalistas, e o exército israelita realiza campanhas de difamação online para desacreditar a profissão, denuncia a organização com sede em Paris.
O Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas é comemorado em 2 de novembro desde que a ONU estabeleceu essa data em 2013, em memória do assassinato de dois jornalistas franceses no Mali.