"Putin fez o que nem Hitler conseguiu": sobrevivente do Holocausto morto na Ucrânia
Boris Romanchenko, um sobrevivente do Holocausto com 96 anos, foi morto, na última semana, por um bombardeamento que atingiu o seu apartamento na cidade ucraniana de Kharkiv, devastada pela guerra.
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Romanchenko nasceu em Sumy, na Ucrânia, e sobreviveu aos campos de concentração nazi de Buchenwald, Dora-Mittelbau e de Bergen-Belsen, na Segunda Guerra Mundial.
Depois de ter sido feito prisioneiro de guerra, foi deportado para Dortmund, na Alemanha, em 1942, onde teve que fazer trabalhos forçados numa mina. Após uma tentativa de fuga sem sucesso, foi enviado para o campo de concentração de Buchenwald, em 1943, onde mais de 53 mil pessoas foram mortas.
Mais tarde, foi enviado para Peenemünde, na ilha de Usedom, no Mar Báltico, onde trabalhou de forma forçado no programa de rockets V2, no campo de concentração de Dora-Mittelbau e no campo de concentração de Bergen-Belsen.
Romanchenko serviu por muitos anos como vice-presidente do Comité Internacional Buchenwald-Dora, dedicando-se a documentar os crimes nazis. "É com pesar que noticiamos a morte violenta de Boris Romanchenko na guerra na Ucrânia", revelou, em comunicado, o memorial para os sobreviventes de Buchenwald.
Os ministérios das Relações Exteriores e da Defesa da Ucrânia condenaram a morte."Putin fez o que nem Hitler conseguiu", disse o Ministério da Defesa da Ucrânia, na sua conta no Twitter.
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