O presidente russo, Vladimir Putin, convidou, esta quarta-feira, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, para visitar Moscovo num futuro próximo, mas nenhuma data foi definida para a deslocação.
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O convite ocorreu durante um encontro em Pequim, onde os dois líderes assistiram ao desfile militar que assinalou os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que foi presidido pelo presidente da China, Xi Jinping.
"O presidente convidou novamente Kim Jong-un para visitar Moscovo. Este disse que aceitava o convite", declarou o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, aos meios de comunicação social russos, a partir de Pequim.
"Entretanto, não foi combinada uma data para a visita. Esta será acordada posteriormente", esclareceu Peskov.
No final do encontro entre os dois líderes, Kim despediu-se de Putin, dizendo: "Vemo-nos em breve".
Durante a conversa, Kim Jong-un prometeu a Putin continuar a ajudá-lo em tudo o que precisasse, como já fez ao fornecer tropas norte-coreanas para combater os soldados ucranianos que invadiram a região fronteiriça russa de Kursk, em agosto do ano passado.
"Se houver algo em que possamos ajudar a Rússia, certamente o faremos e consideraremos isso o nosso dever fraterno. Faremos tudo o que for necessário para ajudar a Rússia", disse Kim Jong-un no início do encontro com Putin, segundo a agência de notícias russa Interfax.
Putin, por sua vez, sublinhou que as relações entre os dois países são há muito "fiáveis, amigáveis e entre aliados".
"Por sua iniciativa, como é sabido, as suas forças especiais participaram na libertação da região de Kursk, em total conformidade com os nossos acordos. Lutaram de maneira valente e heroica", enfatizou o presidente russo.
Putin disse que a Rússia "nunca" esquecerá as baixas sofridas pelo exército norte-coreano, que algumas fontes estimam em vários milhares de soldados.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país.