Qatar Airways garante ter tratado de cadáver a bordo "de forma rápida e profissional"
A Qatar Airways garantiu hoje ter tratado "apropriadamente" do caso de uma passageira que morreu a bordo de um voo entre Melbourne, na Austrália, e Doha, no Catar, depois de uma queixa de outro viajante, que garante ter permanecido durante quatro horas ao lado do corpo.
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"É uma triste realidade na indústria da aviação quando mortes inesperadas ocorrem a bordo. A nossa tripulação é altamente formada para lidar com essas situações com o máximo de respeito e dignidade possível", explica a companhia, num comunicado citado pela BBC, em que sublinha ter lidado com a questão "de forma rápida e profissional".
A Qatar Airways acrescenta ainda que "os passageiros foram acomodados noutros assentos e um membro da tripulação ficou sentado ao lado do cadáver até à chegada a Doha", o que contraria a versão contada pelo passageiro afetado aos meios de comunicação social.
Segundo a equipa de voo, foi oferecido apoio e uma indemnização à família da vítima e a outros passageiros diretamente afetados pelo acontecimento traumático. Numa declaração anterior, a companhia aérea já tinha pedido desculpa por "qualquer inconveniente ou sofrimento que este incidente possa ter causado".
Na quarta-feira, Mitchell Ring e Jennifer Colin relataram ao programa de televisão britânico "Current Affair" um pesadelo a caminho das férias em Veneza, depois de uma passageira morta ter sido colocada ao lado de um deles durante o resto do voo.
Barry Eustance, um ex-comandante da Virgin Atlantic, disse anteriormente à BBC que segundo a sua experiência "a tripulação tentaria isolar o cadáver para que não houvesse contacto entre o passageiro e o corpo, por respeito e privacidade, mas também por razões médicas".
De acordo com as regras da International Air Transport Association sobre como lidar com mortes a bordo de um voo, a pessoa falecida deve ser movida para um lugar com poucos passageiros por perto, sem obstruir uma saída ou um corredor. Ao desembarcar, a associação recomenda que todos os viajantes desembarquem antes de o corpo ser manuseado pelas autoridades locais".