O Qatar negou, esta terça-feira prestar qualquer apoio a organizações "terroristas" no Médio Oriente e em África e refutou as acusações que lhe foram dirigidas, designadamente depois dos atentados em Paris.
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"A ideia segundo a qual o Qatar financia ou apoia terroristas e o terrorismo parece ter-se tornado um pressuposto admitido geralmente no debate sobre o extremismo na Europa", afirmou o seu embaixador em Paris, Meshal Hamad Al Thani, em declaração escrita.
"Devemos ser claros: o Qatar não financia nem apoia qualquer organização terrorista".
O Estado do Qatar "tomou medidas drásticas para que nenhum cidadão qatari possa financiar esses grupos a título privado". O país, acrescentou, "aprovou leis que se opõem à lavagem de dinheiro e à promoção do terrorismo na internet", ainda segundo a declaração do embaixador.
Acusado de forma regular de ajudar os combatentes, que se reivindicam do Islão, no Sahel, o riquíssimo emirado rico em gás, grande aliado da França, é também suspeito de apoiar no Médio Oriente grupos extremistas próximos dos Irmãos Muçulmanos.
Vários dirigentes políticos franceses, designadamente da oposição de direita, responsabilizaram o Qatar depois dos atentados em Paris, entre 07 e 09 de janeiro, que causaram 20 mortos, entre os quais os três terroristas.
Bruno Le Maire, membro do partido (UMP) do ex-presidente Nicolas Sarkozy, exigiu um reexame dos laços com o Qatar, mas também com a Arábia Saudita e o Iémen, "para [a França] não ter como aliados ou parceiros Estados que apoiem, apadrinhem, financiem ou subvencionem fileiras ou discursos terroristas".