Quatro pessoas morreram, esta quarta-feira, num bombardeamento de um hospital em Donetsk, feudo dos separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, enquanto a União Europeia pediu tréguas imediatas para permitir aos civis fugirem dos combates.
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As novas vítimas fazem subir para 12 o total de mortos nas últimas 24 horas, entre os quais oito civis e quatro soldados ucranianos.
As autoridades separatistas de Donetsk disseram que quatro civis morreram no bombardeamento, três no exterior do hospital e um no interior.
Ao mesmo tempo, os separatistas continuam a sua ofensiva em Debaltseve, uma cidade estratégica situada a 50 quilómetros a noroeste de Donetsk, controlada pelo exército ucraniano.
Face à situação que não cessa de piorar, a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, apelou hoje para tréguas imediatas.
"Os civis devem poder deixar a zona de conflito em toda a segurança", declarou num comunicado, pedindo tréguas de "pelo menos três dias" à volta de Debaltseve.
Segundo a Amnistia Internacional, a população da cidade passou de 25 mil para 7 mil pessoas em alguns dias.
O presidente do "parlamento" da autoproclamada República Popular de Donetsk, Andrei Pourguine, afirmou que foram assinados documentos sobre um corredor humanitário para permitir a saída dos civis, mas admitiu que a sua concretização não é fácil.