O controlo total da cidade de Sirte marcará o fim do regime de Muammar Kadhafi, que dirigiu a Líbia nos últimos 42 anos, disse, esta quarta-feira, o chefe da diplomacia italiana, Franco Frattini.
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"Se acontecer aquilo que espero, Sirte vai cair após uma rendição pacífica no sábado. É o último bastião e vai marcar a queda do regime", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, numa entrevista à Rádio 24.
A missão da NATO "só estará concluída quando a Líbia estiver livre", referiu ainda Frattini, mencionando que o mandato da actual missão termina no final de Setembro.
Para Frattini, as operações da Aliança Atlântica "devem acompanhar a queda do regime para evitar qualquer reacção".
Questionado sobre o possível paradeiro do coronel líbio, o ministro italiano afirmou acreditar que Kadafi ainda permanece dentro do país.
"A minha opinião pessoal é que Kadafi ainda está refugiado dentro da Líbia. A Líbia é um país de grandes zonas de deserto e existem muitos locais para ele estar refugiado", indicou Franco Frattini.
"Kadafi deve ser obrigado a render-se, cercado e abandonado por aqueles que executaram as suas ordens criminosas", reforçou o ministro italiano.
Segundo informações divulgadas na segunda-feira pela agência noticiosa italiana Ansa, Kadafi estará com os filhos Saadi e Saif al-Islam na cidade de Bani Walid, a 100 quilómetros a sudeste da capital líbia, Tripoli.
Na semana passada, os rebeldes líbios acreditavam que Kadafi estivesse escondido na região de Sirte (a 360 quilómetros a leste da capital líbia), a cidade natal do coronel líbio e aparentemente o último bastião do regime.
Entretanto, a NATO divulgou esta quarta-feira, em comunicado, que intensificou nos últimos dias os ataques aéreos sobre estas duas cidades.
Na terça-feira, as forças da Aliança Atlântica destruíram 12 veículos militares, três tanques e um radar nos arredores de Sirte.
Perto da cidade de Bani Walid, as forças aliadas destruíram no mesmo dia um depósito de munições e três lança mísseis terra-terra.
No total, as forças da NATO realizaram 38 ataques aéreos na terça-feira.