A polícia na Malásia impediu projetos de atentados de islamitas radicais, inspirados pelos "jihadistas" do movimento Estado Islâmico, anunciou um responsável da luta antiterrorista.
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Pelo menos 19 fundamentalistas islâmicos, detidos entre abril e junho, planeavam atentados em bares, discotecas e numa fábrica de cerveja do grupo dinamarquês Carlsberg na Malásia, disse o diretor adjunto da secção antiterrorista da polícia malaia, Ayob Khan Mydin.
Estes militantes, todos malaios, com idades entre os 20 e os 50 anos, pretendiam estabelecer um califado islâmico no Sudeste Asiático, agrupando a Malásia, Indonésia, Tailândia, Filipinas e Singapura, e planeavam deslocar-se à Síria para se inspirarem com o Estado Islâmico (EI), movimento de combatentes fundamentalistas islâmicos, que conquistou extensas áreas no Iraque e na Síria, onde instaurou um califado.
Os planos estavam ainda numa fase preliminar e os suspeitos não tinham armas pesadas, nem conhecimentos para fabricar bombas, acrescentou Ayob.
Sete foram já acusados de diferentes crimes e delitos, como apologia do terrorismo ou posse de armas ilegais.
Alguns suspeitos foram detidos em aeroportos, quando pretendiam viajar para a Turquia e Síria, para aprender e conseguir apoios junto do EI.
Outros tinham começado a recolher fundos, sobretudo através da rede social Facebook, para viajarem para a Síria, onde iam desenvolver "um trabalho humanitário", indicou Ayob.
"Durante os interrogatórios, os suspeitos falaram da ideologia do EI, destacando a execução de inocentes e de muçulmanos que não pertençam ao mesmo grupo", sublinhou.
Os bares e fábrica da Carlsberg, perto de Kuala Lumpur, foram escolhidos como alvos por permitirem o consumo de álcool, proibido pelo Islão, disse o mesmo responsável.