O antigo chefe militar dos sérvios da Bósnia Ratko Mladic, acusado de crimes como o massacre de Srebrenica em 1995, compareceu pela primeira vez no Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia em Haia, esta sexta-feira.
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Com um fato cinzento e uma camisa cinzenta, Mladic sentou-se no banco dos acusados, visivelmente emagrecido e envelhecido em relação ao homem robusto que era nos anos 1990.
Mladic estava acompanhado pelo advogado Aleksander Aleksic, ao contrário do que fez o ex-líder político sérvio bósnio, Radovan Karadzic, que decidiu defender-se a si próprio.
"Eu sou o general Ratko Mladic", respondeu ao juiz quando este lhe pediu a identidade.
Preso a 26 de Maio na Sérvia depois de 16 anos de fuga, Mladic, de 69 anos, deverá comunicar se se considera culpado ou não dos genocídios, crimes de guerra e crimes contra a humanidade dos quais é acusado nesta primeira audiência.
O antigo general, que foi transferido terça-feira para a penitência do TPI para a ex-Jugoslávia em Haia, poderá pedir um adiamento até 30 dias para que a questão lhe seja posta de novo.
Mladic é acusado designadamente de perseguição, extermínio, assassínio, deportação, atos desumanos e tomada de reféns cometidos durante a guerra da Bósnia (1992-1995), da qual resultaram 100 mil mortos e 2,2 milhões de deslocados.