Conhecida a notícia da morte de Margaret Thatcher, surgem as primeiras reações ao desaparecimento de uma figura importante da política do século XX.
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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou esta segunda-feira que o Reino Unido perdeu "um grande líder" com a morte da ex-chefe do Governo britânico Margaret Thatcher, aos 87 anos.
"É com grande tristeza que fui informado da morte de Lady Thatcher. Perdemos um grande líder, um grande primeiro-ministro e uma grande britânica", disse Cameron, num comunicado divulgado poucos minutos depois do anúncio da morte de Thatcher.
A rainha Isabel II também reagiu à morte da antiga primeira-ministra britânica, afirmando estar "triste" com o desaparecimento de Margaret Thatcher.
"A rainha está triste ao ouvir as notícias sobre a morte da baronesa Thatcher. Sua majestade irá enviar uma mensagem privada de condolências e solidariedade para com a família", indicou o Palácio de Buckingham.
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, recordou Margaret Thatcher como "uma grande estadista" e uma "participante circunspecta mas empenhada" na construção europeia.
O presidente da República português, Cavaco Silva, lembrou a "carreira política notável" da ex-primeira-ministra britânica, sublinhando o seu contributo ímpar para a defesa da democracia e para a causa da liberdade.
O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, lamentou, esta segunda-feira, a morte de Margaret Thatcher, considerando que a antiga primeira-ministra do Reino Unido contribuiu para o fim da Guerra Fria e elogiando a sua defesa da liberdade individual.
Numa carta dirigida ao primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, Pedro Passos Coelho afirma que o legado de Margaret Thatcher "permanece importante por direito próprio e conduziu, de diversas formas, a mudanças significativas na perceção coletiva da política moderna".
Margaret Thatcher passou à história como uma das líderes mais importantes do século XX e ficará como uma "autêntica referência na história política europeia do século passado", disse esta segunda-feira Mariano Rajoy.
"Margaret Thatcher deixou um legado valiosíssimo para os atuais governantes que, à semelhança dos anos 80, período em que governou, enfrentam hoje complexíssimos desafios que requerem grandes doses de ambição e coragem política", disse aos jornalistas.
Os líderes históricos polaco Lech Walesa e soviético Mikhail Gorbatchev lembram a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher como "uma grande personalidade política" que ajudou à queda do comunismo na Europa.
"Thatcher era uma política cuja palavra tinha muito peso", disse Gorbatchev, que teve Thatcher como interlocutora direta no período final da Guerra Fria.
"Foi uma grande personalidade que fez muitas coisas pelo mundo, que contribuiu para a queda do comunismo na Polónia e na Europa de Leste, com [o falecido presidente americano] Ronald Reagan, o papa João Paulo II e o sindicato Solidariedade", considerou Lech Walesa.
O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, recordou a antiga primeira-ministra britânica Margaret Thatcher como uma personalidade "essencial para a queda do comunismo", que foi "uma conservadora nos valores e uma reformadora nas políticas".
"Foi uma personalidade marcante e essencial para a queda do comunismo, tanto no plano político - sempre combateu o totalitarismo - como no plano diplomático - foi a primeira Chefe de Governo que teve a inteligência de perceber que Mikhail Gorbachev era um reformador que devia ser apoiado", afirmou Nuno Magalhães.
O antigo primeiro-ministro português Francisco Pinto Balsemão afirmou que com a morte da ex-chefe do governo britânico Margaret Thatcher "desapareceu um dos grandes estadistas do século XX".
"Ideologicamente, poderá discordar-se de várias das posições que assumiu, nomeadamente quanto ao capitalismo popular e à forma de o implantar, mas não há dúvida de que marcou as décadas de 70 e de 80 e restituiu ao Reino Unido parte do prestígio perdido", salientou.
O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Freitas do Amaral lamentou a morte da amiga Margaret Thatcher, recordando que a antiga primeira-ministra britânica foi a primeira líder não socialista a apoiar o 25 de Abril.
"Lamento muito a morte de Margaret Thatcher, de quem era amigo pessoal, embora nem sempre concordasse com ela em tudo. Foi uma grande senhora e uma grande primeira-ministra", afirmou Diogo Freitas do Amaral.
O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e antigo presidente do CDS afirmou que Thatcher "foi a primeira líder não socialista a apoiar a revolução do 25 de Abril e, após a criação dos partidos, a apoiar o CDS".