A adopção no Congresso de uma reforma histórica do sistema de saúde, assegurando uma cobertura a quase todos os norte-americanos, prova que os Estados Unidos continuam capazes "de grandes coisas", congratulou-se o presidente norte-americano Barack Obama.
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"Esta noite superámos o peso da política, quando todos os especialistas afirmavam que isso não seria possível", acrescentou o presidente.
"Provámos que continuamos a ser um povo capaz de grandes coisas", prosseguiu o chefe de Estado.
Obama falou às televisões desde a "East Room" da Casa Branca, um lugar frequentemente reservado aos momentos mais importantes de uma presidência.
Alguns minutos mais cedo, 219 representantes democratas ofereceram a Obama a maior vitória legislativa da sua curta presidência, adoptando a mais importante reforma da saúde das últimas décadas.
O presidente, que teve de utilizar enormemente o seu capital político para convencer a sua maioria a aprovar um texto muito impopular, a acreditar nas sondagens, comparou esta vitória a outros desafios históricos enfrentados pelos norte-americanos.
"Esta noite respondemos ao apelo da História como tantos outros norte-americanos o fizeram antes de nós. Não procurámos escapar às nossas responsabilidades. Não tivemos medo do nosso futuro", declarou o presidente, ao lado de Joe Biden, o seu Vice-Presidente.
Obama, que deve promulgar rapidamente o texto adoptado domingo, não respondeu a qualquer pergunta mas confessou estar orgulhoso desta vitória.
"Vamos seguir com uma confiança renovada, revigorados com esta vitória" em nome do povo norte-americano, declarou.
Quando a votação cruzou a barreira fatídica dos 216 votos da maioria na Câmara dos representantes, Obama deu um firme aperto de mão ao seu chefe de gabinete Rahm Emanuel e abraçou vários dos seus colaboradores, confessou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.
Quando a lei for promulgada, o Senado deverá ainda adoptar algumas "correcções" para a tornar mais adequada aos desejos dos eleitos da Câmara.
Os Republicanos, que votaram todos contra o texto, assim como 34 democratas, prometeram fazer de tudo para impedir que este entre em vigor.