Um homem de 67 anos, funcionário público, empregado no hospital Pugliese Ciaccio, na cidade de Catanzaro, em Itália, arrecadou cerca de 538 mil euros desde 2005, sem nunca ter ido efetivamente trabalhar.
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Salvatore Scumace, descrito pela imprensa italiana como o "rei do absentismo", enfrenta agora acusações de abuso de funções, falsificação e extorsão agravada, de acordo com a agência de notícias do país, a ANSA.
Seis responsáveis da instituição, incluindo funcionários e chefes, estão também sob investigação, por haver suspeitas de que tenham colaborado no alegado absentismo, comum no setor público italiano.
No decorrer de uma investigação denominada "Part Time", baseada em provas avançadas pelos colegas de trabalho, as autoridades concluíram que, em 2005, Scumace terá ameaçado a diretora do hospital para a impossibilitar de preencher um relatório disciplinar pelas suas ausências incessantes.
A diretora em questão reformou-se posteriormente e as faltas do homem foram passando despercebidas, dado que o diretor que se sucedeu nunca verificou a sua assiduidade, bem como o departamento dos recursos humanos, segundo informa a Polícia.
Scumace acabou por ser despedido em 2020 por justa causa, na sequência da abertura de uma investigação sobre o sucedido.
Este não é caso único em Itália. Em 2016, o governo reforçou uma lei sobre o absentismo no setor público, depois de uma série de investigações policiais terem exposto a gravidade da situação.