O chefe de uma delegação da Cruz Vermelha chinesa que está a ajudar na resposta italiana à crise de pandemia avisou esta quinta-feira as autoridades de que a única maneira de impedir a disseminação do vírus é encerrar todas as atividades económicas.
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Sun Shuopeng, presidente executivo da Cruz Vermelha chinesa, que se encontra de visita a Milão, disse ter ficado chocado ao ver tantas pessoas a andar pela cidade, a usar transportes públicos, a jantar em restaurantes e sem usar máscaras protetoras.
Sun recordou que a cidade de Wuhan, onde teve origem esta pandemia, só teve o pico de infeções após um mês de quarentena estrita.
O aviso do responsável chinês acontece no dia em que Wuhan, pela primeira vez desde o início da crise, não registou nenhuma nova infeção e quando se torna cada vez mais provável que a Itália ultrapasse a China em número de mortes associadas ao vírus.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
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O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).