Os restos mortais do último tigre da Tasmânia, considerado extinto há 85 anos, foram encontrados escondidos no armário de um museu australiano.
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O último tilacino conhecido, que morreu no Zoológico de Beaumaris, em Hobart, Austrália, durante a noite de 7 de setembro de 1936, foi encontrado num armário do Museu e Galeria de Arte da Tasmânia (TMGA, sigla em inglês).
O marsupial era uma velha fêmea que tinha sido capturada pelo caçador Elias Churchill no vale florentino e vendida ao zoológico, em maio de 1936. A venda não foi registada ou divulgada pelo zoológico pois, já na época, era ilegal a captura de animais.
"O tilacino viveu apenas alguns meses [em cativeiro] e, quando morreu, o seu corpo foi transferido para o TMAG", afirmou Robert Paddle, autor do livro sobre a extinção da espécie.
O museu acabou por se esquecer dos restos mortais e acredita-se que "o seu corpo tenha sido descartado", acrescentou.
Robert Paddle e a investigadora Kathryn Medlock só descobriram a chegada do último tilacino ao TMAG, mais tarde, através da descoberta de um relatório inédito de um taxidermista do museu, datado de 1936/37, que mencionava um tilacino entre a lista de espécimes trabalhados durante o ano.
Isso levou a uma revisão de todas as peles e esqueletos de tilacino na coleção TMAG e à subsequente descoberta do último animal, na coleção educacional do museu.
A pele e o esqueleto estão agora em exibição no museu em Hobart.
O marsupial só viveu na ilha da Tasmânia, onde foi caçado até à sua extinção.
Um artigo vai ser publicado em breve no site do jornal Australian Zoologist, sobre a descoberta dos restos mortais do último tigre da Tasmânia conhecido.