A chanceler alemã Angela Merkel venceu as legislativas de domingo, com o partido conservador CDU/CSU a conseguir 41,5% dos votos, indicam resultados oficiais provisórios divulgados na madrugada desta segunda-feira. Chanceler segue para terceiro mandato e admite coligar-se com o SPD ou com os Verdes.
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O aliado liberal FDP, na coligação governamental cessante, foi afastado da câmara baixa do parlamento (Bundestag), pela primeira vez na história da República Federal da Alemanha, por só ter conseguido 4,8% dos votos, ficando aquém dos 5% necessários para ter representação parlamentar.
O partido social-democrata SPD, com o qual Angela Merkel poderá formar uma coligação governativa, conseguiu 25,7% dos votos, de acordo com os mesmos dados.
Ainda antes de serem conhecidos os resultados finais, e numa altura em que as projeções das televisões apontavam a possibilidade de uma maioria absoluta, Merkel, precavida, considerava "óbvio" que não iria governar em minoria, deixando claro que os parceiros preferidos são o SPD e os Verdes.
A líder do Governo alemão participava num painel televisivo quando explicou que era "óbvio" que não iria tentar governar com um executivo minoritário, caso não consiga alcançar a maioria absoluta que está próxima, mas ainda não confirmada pela contagem oficial dos votos.
Merkel disse que esperava negociar com os partidos de oposição SPD e os Verdes: "Com grande probabilidade, as negociações de coligação vão ser conduzidas entre nós", disse, olhando para os líderes desses dois partidos, que também participavam no mesmo debate.
Durante o painel televisivo, Merkel desmentiu notícias que davam conta de que não pretende cumprir o mandato de quatro anos até ao fim, estando a preparar caminho para a sua sucessão: "Que mais posso dizer? Não acreditam em desmentidos?", questionou a governante, acrescentando que "estar disponível nos próximos quatro anos é uma questão de comportamento responsável perante os eleitores".
"A minha imaginação está completamente ocupada até 2017, e não estou em posição esta noite de pensar para além disso", concluiu.