As autoridades russas enviaram, esta sexta-feira, um grupo de polícia de choque de São Petersburgo para a cidade ucraniana de Mariupol, na região anexada de Donetsk, com o objetivo de bloquear uma nova onda de protestos contra o governo pró-Rússia.
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De acordo com uma mensagem publicada no serviço de mensagens Telegram do assessor do presidente da câmara de Mariupol, Petro Andryushchenko, as forças policiais já estão a patrulhar as ruas da cidade perante um caso de "protestos massivos".
Mariupol foi desde a primeira hora da guerra palco de intensos confrontos entre a Rússia e a Ucrânia.
A cidade acabou por cair aos pés de Moscovo, que agora está a tentar fazer da Mariupol uma espécie de centro logístico militar, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.