Três aviões militares russos que transportavam um batalhão reforçado de pára-quedistas aterraram na base aérea russa de Kant, nos arredores da capital do Quirguistão.
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"A tarefa dos pára-quedistas consiste no reforço da segurança dos edifícios militares russos, bem como dos próprios militares e membros das suas famílias", declarou hoje, domingo, fonte militar à agência Interfax.
Em Abril deste ano, quando um levantamento popular derrubou o presidente quirguize Kurmambek Bakiev, Moscovo enviou duas companhias de pára-quedistas para Kant com o mesmo objectivo.
Ontem, o governo provisório do Quirguistão apelou à Rússia para enviar forças militares com o objectivo de estabilizar a situação, mas Moscovo respondeu que, por enquanto, não existem condições para isso.
O Presidente russo, Dmitri Medvedev, convocou uma reunião de representantes da Organização do Tratado de Segurança Colectiva (OTSC) para analisar as medidas a tomar.
Além da Rússia, da OTSC fazem parte Arménia, Bielorrússia, Cazaquistão, Uzbequistão e Tadjiquistão.
Entretanto, as autoridades quirguizes, não obstante o envio de reforços policiais e militares para o sul do país, continuam a não conseguir travar os confrontos entre quirguizes e uzbeques nas regiões de Och e Jalal-Abad.
Segundo o Ministério da Saúde do Quirguistão, os confrontos que começaram na passada quinta-feira provocaram 97 mortos e 1243 feridos.
O Uzbequistão abriu as suas fronteiras com o Quirguistão para que os cidadãos quirguizes de origem uzbeque possam encontrar aí refúgio e segurança.
"A fronteira foi aberta na madrugada de 13 de Junho e continuará assim enquanto for necessário", declarou um porta-voz do Ministério para Situações de Emergência do Uzbequistão.
A fronteira entre os dois países foi encerrada logo que começaram os confrontos entre etnias.