A Rússia lançou esta terça-feira novos ataques contra alvos militares e instalações de energia na Ucrânia. Serviços de emergência ucranianas ativaram alerta de ataque aéreo a nível nacional.
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"Hoje, as forças armadas russas continuaram a realizar ataques maciços com armas de longo alcance e de alta precisão a partir de bases terrestres e marítimas contra locais militares e instalações elétricas na Ucrânia", disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.
Sem precisar o número de ataques nem os locais visados, o porta-voz militar disse que os objetivos foram alcançados. "Todos os locais designados foram atingidos", disse Konashenkov, citado pela agência francesa AFP.
O porta-voz disse também que o exército russo repeliu os ataques ucranianos em várias frentes no sul e leste do país.
As autoridades da região de Lviv, na zona ocidental da Ucrânia, disseram que as forças russas bombardearam uma infraestrutura de energia, num ataque que deixou 30% da cidade sem eletricidade.
Lviv foi também uma das áreas sujeitas a bombardeamentos maciços na segunda-feira, que atingiram várias partes da Ucrânia, incluindo a capital, Kiev.
As autoridades ucranianas disseram que bombardeiros russos Tu-95 e Tu-160 que operam sobre o Mar Cáspio lançaram mísseis cerca das 7 horas locais (5 horas em Portugal continental), mas sem dar informações sobre os alvos.
O comando militar da região de Zaporíjia informou que as tropas russas dispararam 12 mísseis contra instalações civis na cidade na noite passada, num ataque que provocou um morto.
Os serviços de emergência ucranianos ativaram um alerta de ataque aéreo a nível nacional.
"Atenção, ao longo do dia, há uma elevada probabilidade de ataques de mísseis em todo o território ucraniano", anunciaram os serviços, segundo a agência espanhola EFE.
Os bombardeamentos de segunda-feira, que afetaram mais de 300 povoações, provocaram 19 mortos e mais de uma centena de feridos, segundo as autoridades ucranianas.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que ordenou os bombardeamento na sequência da destruição parcial da ponte da Crimeia, no sábado, que atribuiu a um "ataque terrorista" dos serviços secretos ucranianos.
Os ataques russos foram condenados pelos aliados da Ucrânia, incluindo Portugal, e serão discutidos pelo G7 numa reunião urgente convocada para esta terça-feira. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai participar na reunião por videoconferência.
O grupo das sete economias mais desenvolvidas é constituído por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. A União Europeia também está representada no G7.
A guerra na Ucrânia foi desencadeada pela invasão russa do país, em 24 de fevereiro deste ano.