O antigo presidente francês Nicolas Sarkozy foi condenado por ter aceitado financiamento ilegal, durante a campanha presidencial de 2007 por parte do falecido ditador líbio Moamer Kadhafi.
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Numa acusação separada de corrupção, o antigo líder francês foi absolvido de uma acusação de corrupção, apesar de a juíza Nathalie Gavarino ter afirmado que ele "permitiu que os seus colaboradores mais próximos (...) atuassem com o objetivo de obter apoio financeiro" para a campanha.
O tribunal irá ainda detalhar a sua decisão e não sentenciou de imediato Sarkozy, que chegou pouco antes do início da audiência, acompanhado da mulher, Carla Bruni-Sarkozy, e dos seus três filhos. O antigo chefe de Estado, de 70 anos, pode recorrer da sentença de culpa, o que suspenderia qualquer sentença pendente.
A morte, na terça-feira no Líbano, de um dos arguidos e figura-chave do processo, o intermediário franco-libanês Ziad Takieddine, não alterou o calendário do julgamento.
Em 27 de março, a Procuradoria Nacional Financeira pediu sete anos de prisão e uma multa de 300.000 euros para Nicolas Sarkozy pelo alegado "pacto de corrupção" assinado com o antigo ditador líbio Muammar Kadhafi, morto em 2011.
O antigo chefe de Estado (2007-2012) já tinha sido condenado em dezembro a três anos de prisão, dos quais um ano com pulseira eletrónica, por ter subornado um juiz de primeira instância, no caso de corrupção e tráfico de influências. Encontra-se em liberdade condicional, antes de cumprir metade da pena, devido à idade.