O Presidente da França e o primeiro-ministro britânico defendem um aumento da "pressão militar" sobre Muammar Kadafi, informou o Eliseu após um encontro entre os dois dirigentes políticos.
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Nicolas Sarkozy e David Cameron, que estiveram reunidos na quarta-feira a que se seguiu um jantar de trabalho, manifestaram-se de acordo quanto à necessidade de aumentar a "pressão militar" sobre o regime do líder líbio que "continua determinado a prosseguir o esforço de guerra contra a sua própria população".
O encontro entre Sarkozy e Cameron surge na véspera de uma reunião de chefes da diplomacia dos países da NATO, que decorre hoje e sexta-feira em Berlim, para fazer um ponto da situação sobre a crise líbia.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO iniciam esta quinta-feira um encontro em Berlim para analisar os desenvolvimentos da operação militar internacional na Líbia.
A reunião, que decorre até sexta-feira, surge, assim, numa altura particularmente sensível, após as críticas de França e do Reino Unido.
Londres e Paris pressionaram na terça-feira os outros Estados-membros da NATO, que estão a intervir na Líbia, para que intensifiquem os seus esforços, quando paira a ameaça de impasse no conflito.
O chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, participará na reunião Ministerial da NATO, onde o Afeganistão também estará no centro das discussões.
A Líbia e o Afeganistão serão objecto de "sessões específicas de diálogo em formato alargado, com a participação de todos os países, não apenas NATO", que contribuem para os esforços da Aliança nesses teatros operacionais, respectivamente no contexto da 'Unified Protector' e da Força Internacional de Assistência à Segurança, refere uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Além dos debates entre os 28 aliados no âmbito do Conselho do Atlântico Norte, os ministros reunirão igualmente com os seus homólogos no quadro dos Conselhos NATO-Geórgia (NGC), NATO-Ucrânia (NUC) e NATO-Rússia (NRC), de acordo com a mesma nota informativa.