O presidente de França, Nicolas Sarkozy, pediu aos franceses que não cedam à vingança após ter sido identificado o alegado autor dos atentados de Toulouse e que demonstrem que "o terrorismo não fraturará a comunidade nacional".
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"Acabo de me reunir com o conjunto dos representantes da comunidade judaica e do culto muçulmano (...) Quis juntá-los para mostrar que o terrorismo não conseguirá fraturar a nossa comunidade nacional", disse Nicolas Sarkozy num breve discurso na sede da presidência.
O chefe de Estado pediu também a todos os cidadãos que se unam e que não associem o ocorrido a crenças religiosas. "Disse-lhes [aos representantes das comunidades judaica e muçulmana] e digo à comunidade nacional, à nação inteira: devemos ficar juntos, não devemos ceder nem à amálgama nem à vingança", acrescentou.
Perante um acontecimento como o de Toulouse, declarou ainda Sarkozy, "a França só pode ser grande na união nacional". "Devemos isso às vítimas friamente assassinadas. Devemos isso ao nosso país", sublinhou.
O chefe de Estado adiantou que se deslocará a Montauban (50 quilómetros a norte de Toulouse) para uma cerimónia de homenagem nacional aos três militares assassinados a 11 e 15 de março pelo assassino em série e irá também a Toulouse visitar as vítimas feridas pelo homicida: um paraquedista que ficou com uma lesão na medula espinal após ter sido ferido a 15 de março e um adolescente judeu de 17 anos ferido na cabeça no ataque de segunda-feira numa escola judaica.
Dois polícias foram também feridos na última noite por balas disparadas pelo suspeito, cercado num prédio de Toulouse.
Sarkozy felicitou ainda a polícia "pela rapidez do inquérito" e pela "mobilização excecional das forças de segurança".