O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, sublinhou, esta sexta-feira, que a atribuição do Nobel da Paz à Organização para a Proibição das Armas Químicas mostra o nível de ameaça que estas armas proibidas continuam a representar no mundo.
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"Este reconhecimento ocorre quase 100 anos depois do primeiro ataque químico e 50 dias depois da terrível utilização de armas químicas na Síria. Longe de serem um vestígio do passado, as armas químicas continuam a ser um perigo claro e atual", salienta Ban Ki-moon num comunicado.
A OPCW (sigla em inglês) e as Nações Unidas "nasceram de uma aversão fundamental às atrocidades da guerra", prosseguiu, acrescentando que, dos campos de batalha aos laboratórios ou à mesa das negociações, a ONU tem a honra de trabalhar de perto com a OPCW para eliminar a ameaça que as armas químicas representam".
"Juntos temos de garantir que o fumo da guerra nunca mais vai ser constituído por gás venenoso", disse.
O secretário-geral da ONU destacou ainda que a OPCW, além de eliminar armas químicas por todo o mundo, tem a "ampla missão de provar que a desumanidade da guerra pode dar lugar à humanidade da solidariedade e da cooperação internacional".
O êxito da organização na tarefa de erradicar cerca de 80% dos arsenais químicos declarados deve "inspirar outras partes do sistema de desarmamento global a estar à altura das expectativas da comunidade internacional", afirmou.