Samuel Paty foi esfaqueado e decapitado após ter mostrado caricaturas do profeta Maomé numa aula sobre liberdade de expressão. Atacante foi morto a tiro pela Polícia logo depois do ataque. Três anos depois, Justiça condena cúmplices com penas suspensas entre 14 meses e dois anos de prisão.
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Seis menores foram, esta sexta-feira, condenados por envolvimento na morte de Samuel Paty, um professor de História que, em 2020, foi assassinado num subúrbio de Paris, em França, depois de ter mostrado caricaturas do profeta Maomé durante uma aula.
O atacante, um jovem checheno radicalizado, foi morto pela Polícia logo após o ataque. Três anos após o crime que chocou França, outras seis pessoas, todas elas menores, foram chamadas à barra dos tribunais para responderem por envolvimento no assassinato do professor de 47 anos.
Uma das adolescentes (que tinha 13 anos na data do crime) foi condenada por proferir falsas acusações, que terão levado ao desfecho trágico. Os restantes menores foram condenados a por associação criminosa com vista a violência agravada. Apesar de todos os jovens garantirem que não sabiam que Samuel Paty ia ser assassinado, a Justiça francesa considerou-os culpados de perseguir e identificar o professor, atribuindo-lhes penas suspensas entre 14 meses e dois anos de prisão.
O julgamento ocorreu à porta fechada. No próximo ano, oito adultos deverão comparecer a tribunal para ser ouvidos sobre o caso. O pai de uma das jovens condenadas é um dos arguidos do processo que terá início no final de 2024, estando acusado de publicar vídeos nas redes sociais a encorajar a mobilização contra o professor.