A justiça italiana acusou formalmente sete novas pessoas no âmbito do inquérito ao acidente do navio Costa Concordia, que naufragou a 13 de janeiro junto à ilha italiana de Giglio, confirmou, esta quarta-feira, a empresa Costa Crociere.
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Entre os acusados estão os responsáveis da empresa.
"Recebemos sete convocações: quatro para membros da tripulação e três para pessoal de terra", afirmou, em declarações à agência noticiosa France Press, um porta-voz da companhia, Davide Barbano, sem dar mais pormenores.
Segundo os media italianos, os sete acusados foram indiciados pelos crimes de homicídio por imprudência, naufrágio e falha de comunicação com as autoridades marítimas.
Até à data, o comandante do navio, Francesco Schettino, e o seu imediato, Ciro Ambrosio, eram os únicos acusados.
Os dois elementos são acusados de homicídio múltiplo por imprudência, naufrágio e abandono de navio.
O comandante está em prisão domiciliária e o imediato em liberdade.
Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a Costa Crociere afirmou ter "plena confiança no trabalho da magistratura, à qual oferecemos desde o início a nossa plena cooperação".
"Estamos confiantes que o profissionalismo da nossa empresa será confirmada, bem como a capacidade da empresa e a capacidade dos seus trabalhadores para lidar com uma situação de extrema urgência", indicou a empresa, na mesma nota informativa.
Mais de um mês depois do naufrágio, foram localizados, esta quarta-feira, oito cadáveres na estrutura do navio de cruzeiro, indicou Francesca Maffini, porta-voz de Franco Gabrielli, o comissário do Governo italiano encarregado das operações de resgate, citada pela France Press.
O Costa Concordia transportava mais de 4.000 pessoas quando embateu em rochas junto à ilha de Giglio, na Toscânia.
Dezassete corpos foram recuperados nos dias seguintes ao acidente, havendo ainda 15 desaparecidos - seis alemães, quatro italianos, entre os quais uma menina de cinco anos -, dois franceses, dois norte-americanos e um indiano. No total, foram oficializadas 32 mortes.