A Coreia do Sul condenou o ensaio de mísseis da Coreia do Norte realizado esta segunda-feira e instou o regime de Kim Jong-un a "parar de imediato" com todas as "provocações" e optar, o quanto antes, pela desnuclearização.
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O mais recente teste por parte de Pyongyang, esta segunda-feira, constitui "uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e representa uma séria ameaça não apenas para a península coreana, mas também para a paz e segurança globais", diz um breve comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul.
"O Norte deve cessar imediatamente todas as provocações e enveredar pelo caminho da desnuclearização o quanto antes", refere a mesma nota.
"O governo [sul-coreano] não tolerará nenhum tipo de provocação e responderá com severidade", conclui o comunicado da diplomacia sul-coreana.
Míssil percorreu 450 quilómetros em direção a leste antes de cair no mar do Japão
O Estado Maior Conjunto da Coreia do Sul considera que a Coreia do Norte disparou "pelo menos um míssil, apesar de ainda estar a ser realizada uma análise para determinar o número exato de projéteis disparados", detalhou o porta-voz.
Segundo o Estado Maior Conjunto da Coreia do Sul, o míssil disparado pelo regime de Pyongyang, a partir de Wonsan, no sudeste da Coreia do Norte, percorreu 450 quilómetros em direção a leste antes de cair no mar do Japão, e alcançou uma altitude máxima de cerca de 120 quilómetros.
Seul considera tratar-se de uma variante dos Scud soviéticos, um míssil de curto alcance, com um raio de entre 300 e 500 quilómetros.
É o nono lançamento que a Coreia do Norte leva a cabo desde o início do ano
O lançamento é o nono que a Coreia do Norte leva a cabo desde o início do ano e o terceiro desde que o liberal Moon Jae-in assumiu a presidência da Coreia do Sul no passado dia 10.
Especialistas consideram que com os mais recentes ensaios o regime norte-coreano estará a colocar à prova o novo Executivo sul-coreano, o qual prometeu melhorar os laços com Pyongyang, ainda que mantendo, ao mesmo tempo, as sanções.