Várias peças e objetos integram o cerimonial da coroação do rei Carlos III, que decorrerá este sábado na Abadia de Westminster, em Londres.
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Carruagens
Carruagem de Estado do Jubileu de Diamante
A carruagem de Estado do Jubileu de Diamante é um veículo, puxado por seis cavalos, que mede mais de 5 metros e pesa mais de 3 mil quilos. A "Diamond Jubilee State Coach", como é chamada em inglês, foi construída na Austrália e usada pela primeira vez por Isabel II, em 2014, e servirá para transportar o Rei Carlos III e a Rainha Camilla desde o Palácio de Buckingham até à Abadia de Westminster, local onde Carlos III será coroado no sábado.
Carruagem de Estado de Ouro
A carruagem de Estado de Ouro, que precisa de oito cavalos para ser puxada, é um veículo ornamentado em ouro, produzido em 1762 e usado em todas as coroações desde 1831, que pesa quatro toneladas, tem 3,6 metros de altura e 7 metros de largura. A carruagem utilizada pela primeira vez na coroação de Guilherme IV, em 1831, levará o já coroado rei e rainha do Reino Unido de volta ao Palácio de Buckingham.
Coroas
Coroa de Santo Eduardo
A Coroa de Santo Eduardo, criada para a coroação de Carlos II, em 1661, e usada pela última vez em 1953 por Isabel II, é uma peça em ouro maciço de 2,07 quilos que é decorada com rubis, ametistas e safiras, e dotada de um gorro de veludo púrpura, arrematado por uma faixa de arminho. A coroa, que será usada na cerimónia por Carlos III, é exclusiva para coroações.
Coroa Imperial de Estado
A Coroa Imperial de Estado, criada em 1937 para a coroação de Jorge VI, é uma peça que pesa 1,06 quilos e é incrustada por 2868 diamantes, 17 safiras, 11 esmeraldas, 269 pérolas e quatro rubis. Após a coroação, a coroa, utilizada anualmente na cerimónia de abertura do Parlamento, será usada por Carlos III.
Coroa da rainha Maria
A coroa da rainha Maria, usada na coroação de 1911 de Jorge V pela rainha Maria de Teck, será a primeira a ser usada mais do que uma vez, em pelo menos três séculos, na coroação de um consorte. A coroa destina-se à Camilla, esposa de Carlos III.
Joias da Coroa
Ceptro do Soberano com Cruz
O Ceptro do Soberano, de 1,1 quilos, construído para a coroação de Carlos II, em 1661, e que será usado na mão direita de Carlos III durante a cerimónia, é uma peça de ouro e pedras preciosas de 92 centímetros que inclui o maior diamante lapidado incolor do mundo, intitulado de diamante Cullinan I, com 530,2 quilates.
Orbe do Soberano
A Orbe do Soberano representa, desde 1661, o poder e responsabilidade, e simboliza o mundo cristão através da sua cruz colocada em cima da esfera. A orbe de ouro pesa 1,32 quilos e é decorada com esmeraldas, rubis e safiras que são rodeadas por diamantes e pérolas. Durante o serviço da coroação de Carlos III, a orbe será colocada na mão esquerda do monarca, para, no momento da coroação, ser transferida para o altar-mor.
Colher e Ampola da Coroação
A Colher da Coroação existe desde o século XII, sendo a peça mais antiga das joias da coroa britânica. Durante a cerimónia de coroação de Carlos III, na Abadia de Westminster, a colher, através do líquido dentro da ampola em forma de águia de ouro, será utilizada para ungir o monarca com óleo sagrado.
Cadeira da Coroação
A Cadeira da Coroação, utilizada por 26 monarcas desde a coroação do rei Eduardo II, em 1308, é uma peça com os padrões que subsistiram pintados a ouro de pássaros e plantas do pintor real do rei Eduardo I, Walter de Durham, e ornamentada com quatro leões dourados nos pés da cadeira. Esta herança da monarquia britânica será o local onde o vigésimo sétimo monarca sentar-se-á para ser coroado.
Pedra do Destino
A Pedra do Destino é um antigo símbolo da monarquia da Escócia que foi apreendida pelo rei Eduardo I de Inglaterra no final do século XIII e permaneceu na Abadia de Westminster durante 700 anos, até 1996, altura em que foi devolvida à Escócia sob o pretexto de só ser possível utilizá-la em coroações. A laje de arenito vermelho de 150 quilos, com 66 centímetros de comprimento, 42 centímetros de largura e 27 centímetros de altura estará presente na Abadia de Westminster, dentro da caixa da Cadeira da Coroação, durante toda a cerimónia de coroação.
Mantos
Manto de Estado do rei
A veste parlamentar preta, utilizada normalmente para a abertura anual do Parlamento britânico e usada pela última vez em 1953, na coroação do rei Jorge VI, será usada por Carlos III na chegada à Abadia de Westminster.
Manto de Estado da rainha
A túnica feminina de Estado, mandada fazer para a coroação da rainha Isabel II, em 1953, será utilizada por Camilla na chegada à Abadia de Westminster.
Colobium Sindonis
A túnica "Colobium Sindonis", utilizada pelo avô do atual monarca, o rei Jorge VI, a 12 de maio de 1937, será usada por Carlos III durante a parte da cerimónia de unção - onde o rei é untado com os santos óleos guardados na Ampola da Coroação -, altura em que o monarca costuma ser despojado de todos os símbolos célebres e se apresenta somente com uma veste de linho branco perante Deus, simbolizando o despojamento de toda a vaidade humana.
Supertúnica
A Supertúnica, fabricada em 1911 para a coroação de Jorge V, tem a forma de um casaco dourado com mangas compridas e será vestida depois de o rei ter sido untado pelos santos óleos com a Colher da Coroação.
Manto Imperial
O manto feito de tecido de ouro, fios de ouro, prata e seda, seda, franja de ouro e um fecho de ouro em forma de águia, utilizado na coroação do rei Jorge IV, em 1821, do rei Jorge V, do rei Jorge VI e da rainha Isabel II, será usado por Carlos III depois de ser coroado na Cadeira da Coroação.
Manto real de Sua majestade
O manto real de Sua majestade, usado pelo rei Jorge VI, em 1937, é feito de veludo de seda púrpura bordado a ouro e será utilizado depois da coroação de Carlos III, à saída da Abadia de Westminster.
Manto real da rainha
A veste da rainha Camilla, que a acompanhará desde a Abadia de Westminster até ao Palácio de Buckingham, será o único manto real novo criado para a coroação de Carlos III, a 6 de maio.
Luva da coroação
A Luva da Coroação, feita de couro branco, bordado com fio de metal dourado, arame e lantejoulas com emblemas nacionais, será utilizada na mão direita de Carlos III com o intuito de segurar o Ceptro do Soberano com Cruz durante a coroação, sendo retirada antes de o monarca subir à cadeira do trono para ser coroado.