O Governo sírio pediu, esta segunda-feira, ao secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, para que desenvolva todos os esforços para "impedir qualquer agressão contra a Síria", noticiou a agência oficial Sana.
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"O Governo sírio apela ao secretário-geral da ONU que assuma as suas responsabilidades (...) e faça os esforços necessários para impedir qualquer agressão conta a Síria, prosseguindo na via de uma solução política pacífica da crise síria", indicou o delegado permanente da Síria nas Nações Unidas, Bashar al-Jaafari, numa carta dirigida a Ban Ki-moon.
"O Conselho de Segurança das Nações Unidas (...) deve impedir todo o uso da força de forma contrária à legalidade internacional", prossegue a carta.
"O Governo sírio reafirma uma vez mais que nunca usou armas químicas (como o acusam a oposição e os países ocidentais)", escreve al-Jaafari, que acrescenta que Damasco pediu ainda ao secretário-geral das Nações Unidas que investigue "a utilização destas armas a 19 de março em Khan al-Assal", próximo de Alepo, no norte da Síria.
"O mundo espera que os Estados Unidos desempenhem o seu papel de defensor da paz (...) e que prepare seriamente a conferência de Genebra sobre a Síria, e não que sejam um país que recorre à força militar contra os que se opõem à sua política", afirmou ainda al-Jaafari.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, assegurou que os Estados Unidos receberam e analisaram amostras que provam a utilização de gás sarin no ataque de 21 de agosto próximo de Damasco, que foi também atribuído ao regime do Presidente Bashar al-Assad.
Os Estados Unidos ponderam um ataque militar à Síria, na sequência do alegado uso de armas químicas em bombardeamentos próximo de Damasco a 21 de agosto.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, decidiu reunir o congresso para analisar um eventual ataque e lançou uma intensa campanha para tentar convencer os deputados céticos a apoiarem ataques militares contra a Síria, segundo um alto responsável da Casa Branca citado pela agência AFP.
Obama, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o chefe dos serviços da Casa Branca telefonaram a vários membros da Câmara dos Representantes e do Senado para pedir o seu apoio para uma guerra contra a Síria, indicou a mesma fonte.