O Kremlin recusou-se a cometar se a Rússia estava a preparar-se para instalar sistemas antiaéreos em Moscovo depois de terem surgido imagens nas redes sociais.
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Imagens divulgadas nas redes sociais parecem mostrar sistemas Pantsir S-1 destinados a intercetar mísseis de cruzeiro e balísticos.
Os moscovitas detetaram um sistema junto de um edifício do Ministério da Defesa e outro no telhado de um prédio no centro da capital russa.
Outro Pantsir foi instalado a cerca de 10 quilómetros da residência do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Novo-Ogaryovo, perto de Moscovo, segundo a imprensa local.
Questionado se a Rússia temia que Moscovo fosse um alvo, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, recusou-se a responder, encaminhando a pergunta para o Ministério da Defesa.
"Eles são os responsáveis por garantir a segurança do país e da capital, por isso é melhor perguntar ao Ministério da Defesa sobre todas as medidas que estão a ser tomadas", disse Peskov aos jornalistas.
Contactado pela agência de notícias France-Presse (AFP), o Ministério da Defesa não respondeu.
A Rússia testou nos últimos meses vários ataques atribuídos à Ucrânia, como sabotagens ou ataques de drones e fogo de artilharia nas regiões fronteiriças.
Em dezembro, Moscovo acusou a Ucrânia de vários ataques de drones contra uma base estratégica de bombardeiros em Engels, na região de Saratov, a 600 quilómetros da fronteira ucraniana.
Kiev está a exigir a entrega de armas de longo alcance do Ocidente para atacar as forças russas.
No entanto, os países ocidentais temem que as armas levem a uma escalada do conflito.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).