O antigo director-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, admitiu este domingo, em entrevista ao canal de televisão francês TF1, que teve uma "relação inapropriada" com a empregada do hotel Sofitel, em Nova Iorque, que o acusou de tentativa de violação.
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Dominique Strauss-Kahn (DSK) referiu que se tratou de "um erro moral" do qual não se sente" orgulhoso".
o antigo homem forte do FMI confessou ter ficado "muito assustado" e de ter "sido humilhado" quando foi detido em Nova Iorque, em meados de Maio, quando já estava no avião para regressar a Paris.
"Eu tive medo, eu tive muito medo, eu fui humilhado", sublinhou, homenageando a mulher, Anne Sinclair, uma mulher "excepcional" sem a qual "não teria resistido".
"Eu fui chamado como testemunha. Disse a verdade, não houve qualquer violência nesse encontro. A versão que foi apresentada é fantasiosa e caluniosa", disse.
Tristane Banon apresentou queixa em Maio, depois de DSK ter sido detido em Nova Iorque, por factos ocorridos em 2003. O caso está a ser investigado pelo Ministério Público de Paris, tendo DSK já prestado depoimento.
Na entrevista desta noite, Strauss-Kahn não quis adiantar mais pormenores sobre o caso, alegando que este se encontra em segredo de justiça.
Enquanto a entrevista decorria, cerca de cinco desenas de pessoas, maioritariamente mulheres, manifestavam-se à porta da estação de televisão.