O Pentágono informou, esta quinta-feira, que a substância suspeita detetada na sala do correio de um edifício da Marinha norte-americana em Arlington, Virgínia, nos arredores de Washington, é inofensiva.
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"Durante um teste inicial, a substância suspeita reagiu de forma negativa a todas as formas de veneno", precisou o comunicado oficial.
Esta quinta-feira à tarde, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos divulgou que uma substância suspeita tinha sido encontrada na sala do correio de um edifício da Marinha norte-americana, acrescentando na mesma altura que, como medida de precaução, todos os funcionários tinham sido retirados das instalações.
Este incidente ocorreu um dia depois de a polícia federal (FBI) ter confirmado que uma carta suspeita endereçada ao Presidente norte-americano, Barack Obama, continha rícino, um veneno potencialmente mortal.
Na mesma ocasião, o FBI afirmou que nenhuma ligação tinha sido estabelecida com o duplo atentado de Boston, perpetrado na segunda-feira e que provocou a morte de três pessoas e cerca de 180 feridos.
Na terça-feira, responsáveis norte-americanos já tinham confirmado a presença de rícino em outra carta, desta vez endereçada ao senador republicano do Mississipi (sul dos Estados Unidos) Roger Wicker.
As autoridades norte-americanas acabaram por deter na quarta-feira um suspeito de ter enviado a carta a Barack Obama.
Paul Kevin Curtis, de 45 anos, foi detido na sua casa em Corinth, no estado do Mississípi (sul dos Estados Unidos).
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou entretanto que Curtis foi acusado, esta quinta-feira, de ter enviado "deliberadamente e de forma consciente" a carta envenenada ao chefe de Estado norte-americano. Curtis deverá ser esta quinta-feira apresentado diante de um juiz federal para ser formalmente acusado.
Se for considerado culpado, Paul Kevin Curtis incorre numa pena de 15 anos de prisão, três anos em liberdade condicional e 50.000 dólares de coima, indicou o comunicado do Departamento de Justiça.