O número de suicídios no Japão aumentou significativamente após o sismo e tsunami que devastaram a região noroeste do território, a 11 de março do ano passado, divulgou esta sexta-feira o Governo nipónico.
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Só no mês de maio do ano passado, 3375 pessoas cometeram suicídio no Japão, mais de um décimo do total anual e mais 20% face ao mês homólogo de 2010. No total, foram registados 30651 suicídios no Japão durante 2011.
"Um sentimento de ansiedade espalhou-se no seio da sociedade japonesa após a catástrofe e suspeitamos que este sentimento possa ter sido um fator de agravamento", declarou um responsável do Governo nipónico.
O mesmo representante acrescentou que os casos de suicídios foram particularmente elevados entre homens com cerca de 30 anos.
O Japão tem uma das taxas de suicídios mais elevadas do mundo, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
O forte sismo, de magnitude 9,0 na escala de Richter, e o «tsunami» fizeram cerca de 20 mil mortos ou desaparecidos e provocaram prejuízos milionários com consequências graves para a economia japonesa.
O tsunami provocou igualmente um acidente na central nuclear de Fukushima Daiichi, o pior desde o acidente da central ucraniana de Chernobil, em 1986.