Tanques israelitas abriram fogo, este sábado, contra o território da Faixa de Gaza, pela primeira vez desde o início da ofensiva militar de Israel há oito dias, informaram fontes militares israelitas e do movimento radical Hamas.
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O ataque visou diversas posições no norte de Gaza, uma das áreas de onde, com maior frequência, são lançados 'rockets' contra localidades israelitas.
Segundo testemunhas, os disparos de artilharia começaram cerca das 16:30 locais (14:30 TMG e Lisboa), designadamente em Beit Hanun e Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, e na zona de Khan Iunes, no sul.
Porta-vozes militares israelitas em Jerusalém confirmaram o ataque e adiantaram que "a operação prossegue".
Segundo os 'media' israelitas, o ataque pode ser o início de uma invasão terrestre da Faixa de Gaza, há vários dias cercada por centenas de tanques israelitas. Em anteriores ofensivas israelitas, as invasões terrestres têm sido sempre precedidas de disparos de artilharia.
Testemunhas informaram também ter visto tanques israelitas a deslocarem-se em direcção à fronteira entre Gaza e Israel.
Antes dos disparos de artilharia, cerca de 25 ataques aéreos foram realizados pela Força Aérea israelita contra a Faixa de Gaza, e mais de dez 'rockets' lançados pelos militantes islâmicos contra o sul de Israel, segundo o exército israelita.
Pelo menos dez palestinianos foram mortos esta tarde num ataque aéreo contra a mesquita de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, segundo fontes médicas palestinianas e testemunhas. As testemunhas indicaram que as vítimas estavam dentro da mesquita, em oração, quando ocorreu o ataque.
O Hamas ameaçou, entretanto, sequestrar soldados israelitas se houver uma incursão terrestre, numa mensagem difundida pela rádio do movimento.
Israel lançou sábado uma ofensiva aérea contra a Faixa de Gaza, em resposta aos ataques com 'rockets' lançados pelo Hamas a partir daquele território contra localidades israelitas.
Os bombardeamentos israelitas já fizeram pelo menos 442 mortos, cerca de uma centena deles civis, e 2.290 feridos, segundo fontes médicas palestinianas.