Tawakul Karman, uma entre as três mulheres distinguidas com o Nobel da Paz, é iemenita, tem 32 anos e destacou-se na defesa dos direitos humanos e na liderança dos protestos pacíficos contra o regime de Ali Abdullah Saleh.
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Membro do principal partido islâmico do Iémen, Al-Islah, e presidente da organização Mulheres Jornalistas Sem Correntes, um grupo que defende a liberdade de expressão, Tawakul Karman desenvolve o seu activismo desde 2007 e torna-se em 2011 a primeira mulher árabe a receber um Nobel da Paz.
Detida várias vezes pelas forças do regime, esta mãe de três filhos encontrou nas revoltas populares do Egipto (Janeiro) e da Tunísia (Fevereiro) novas forças para protestar, liderando as manifestações pacíficas semanais na Universidade de Sanaa desde então.
A liberdade de expressão, a libertação dos presos políticos, os direitos das mulheres e o afastamento do presidente do Iémen têm sido os seus principais objectivos.
"Com duas guerras civis, a presença da al-Qaeda e 40% de desempregados, de que é que o presidente Saleh está à espera? Ele tem de abandonar o poder agora", disse em Março deste ano ao diário britânico "The Guardian".
Karman tem sido objecto de atenção de países ocidentais pela defesa dos direitos humanos, embora, segundo a revista "Time", o partido a que pertence, o Al-Islah, seja visto com fortes reservas pela comunidade internacional porque o seu mais destacado membro é Abdul Majeed al-Zindani um antigo conselheiro de Osama Bin Laden.