O Teatro Erkel, localizado em Budapeste, que integra a Ópera Estatal Húngara, fecha portas após 111 anos desde a sua criação. Os proprietários admitem que os custos provocados pela crise energética que a Europa atravessa tornam o aquecimento do edifício insustentável.
Corpo do artigo
A Hungria, como outros países europeus, enfrenta decisões difíceis ao tentar compensar as consequências dos cortes do fornecimento de gás por parte da Rússia, devido às sanções impostas após a invasão da Ucrânia.
Em julho, o governo húngaro declarou "emergência energética" e fez cortes nos subsídios de apoio ao pagamento das contas da energia, fazendo com que as contas do gás e da eletricidade aumentassem excessivamente em pouco tempo.
De maneira a conter o consumo de energia, o governo ordenou uma redução de 25% no uso da eletricidade e do gás nos edifícios públicos - inclusive em instituições culturais. Para além disso, decretou que fossem aquecidos no máximo a 18 graus Celsius.
O Teatro Erkel, que deve o seu nome ao compositor húngaro Ferenc Erkel, é um dos edifícios que não aguenta os preços altíssimos da energia e vê-se obrigado a fechar, pelo menos durante o inverno.
Porém, os edifícios culturais no país não se limitam à capital. Várias autoridades locais estão a ser obrigadas a encerrar teatros, cinemas e museus durante os meses de inverno, de modo a evitarem serem atingidos por contas excessivamente altas.