O Irão pediu à Arábia Saudita para "não cair na armadilha" das acusações norte-americanas de uma alegada conspiração iraniana para matar o embaixador saudita em Washington, porque o caso apenas beneficia os Estados Unidos e Israel.
Corpo do artigo
"Esse cenário patético e conspirativo é de tal maneira mal acabado que até os 'media' e os círculos políticos norte-americanos e aliados o vêem com reservas", afirmou Ali Ahani, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros para a Europa e a América, citado pela agência oficial Irna.
"Esperamos que a Arábia Saudita compreenda os objectivos desta conspiração (...) e não caia na armadilha (dos Estados Unidos), porque qualquer perturbação nas relações dos países da região só beneficiará os Estados Unidos e o regime sionista", acrescentou.
O secretário da Justiça norte-americano, Eric Holder, anunciou na terça-feira que dois cidadãos iranianos foram formalmente acusados de tentativa de assassínio do embaixador da Arábia Saudita em Washington, Abdel Al-Jubeir, um conselheiro próximo do rei Abdullah.
A suposta conspiração envolve, segundo Holder, as Brigadas de Al-Qods, um comando ligado aos Guardas da Revolução, o corpo de elite da República Islâmica do Irão.
O presidente norte-americano, Barack Obama, telefonou na quarta-feira ao rei saudita. Segundo a Casa Branca, os dois governantes concordaram em qualificar a alegada conspiração de "violação flagrante das normas, da moral e das leis internacionais" e manifestaram a sua determinação de "fazer os responsáveis responder pelos factos".