"Temos um assassino à solta": Polícia divulga novas imagens de atirador na Universidade de Brown

Polícia divulga novas imagens do atirador na Universidade de Brown
Foto: Bing Guan / AFP
A polícia norte-americana libertou, esta segunda-feira, um homem detido no âmbito da investigação ao tiroteio na Universidade de Brown, no sábado, que fez dois mortos e nove feridos, e intensificou a busca pelo suspeito, revelando novas imagens.
A polícia de Providence, cidade onde se situa a prestigiada universidade da Ivy League norte-americana, declarou na plataforma X que está a "aumentar a presença nos bairros" e a "abordar lojas e residências para solicitar quaisquer imagens de vídeo disponíveis".
Anteriormente, a polícia tinha divulgado dez segundos de vídeo do suspeito, visto de costas a caminhar rapidamente por uma rua deserta após o tiroteio, e lançou um apelo público a potenciais testemunhas.
"Claramente, temos um assassino à solta, e por isso não vamos divulgar o nosso plano" para o capturar, comentou o procurador-geral do estado de Rhode Island, Peter Neronha, ao anunciar a libertação do homem de mais de 20 anos que tinha sido detido no domingo. "Não há razões para o considerar um possível suspeito", assegurou à imprensa. "É por isso que está a ser libertado."
Novas imagens
A polícia norte-americana divulgou novas imagens do atirador, que mostram um homem vestido de preto, usando máscara e gorro, a caminhar pelas ruas de Providence, cidade do estado de Rhode Island que alberga a prestigiada universidade da Ivy League.

Foto: Bing Guan / AFP
"Estamos a apelar à ajuda do público para identificar este indivíduo", comentou o chefe da polícia, coronel Oscar Perez, numa conferência de imprensa.
O governador Daniel McKee salientou que "é crucial reconstruir os movimentos deste homem, tanto antes como depois do tiroteio".
O agente da polícia federal (FBI) Ted Docks adiantou que "várias equipas estão a trabalhar em diferentes frentes: analisando provas eletrónicas, recolhendo provas físicas - ou seja, provas forenses da cena do crime - e investigando nas ruas".

Foto: Bing Guan / AFP
O tiroteio ocorreu no segundo dia de exames nacionais perto do edifício Barus & Holley, um complexo de sete andares onde funciona a Escola de Engenharia e o departamento de Física de Brown.
Dois estudantes foram mortos: Ella Cook, vice-presidente da Associação Republicana de Brown, e Mukhammad Aziz Umurzokov, originário do Uzbequistão, que ambicionava ser neurocirurgião.
Dos nove feridos, um está em estado crítico, sete estão em estado grave e o último já teve alta do hospital, informou à imprensa norte-americana Brett Smiley, presidente da Câmara de Providence, capital do pequeno estado.
Desde sábado, centenas de polícias vasculharam o campus da Universidade Brown, bem como bairros próximos, e analisaram vídeos, tendo em vista encontrar o atirador que abriu fogo numa sala de aula. Armado com uma pistola, disparou mais de 40 tiros de calibre 9mm, segundo um agente da autoridade.
As autoridades não recuperaram ainda a arma, mas encontraram dois carregadores de 30 cartuchos municiados, disse o responsável à Associated Press (AP) sob anonimato, por não estar autorizado a falar publicamente sobre a investigação.
Segundo o site da universidade privada, o edifício conta com mais de cem laboratórios, dezenas de salas de aula e escritórios.
A história recente dos Estados Unidos é marcada por tiroteios em massa em locais de trabalho, igrejas, superfícies comerciais, discotecas ou transportes públicos. O mais mortífero tiroteio numa instituição de ensino do país ocorreu em abril de 2007: um estudante matou 32 pessoas no campus da Virginia Tech antes de se suicidar.
