Os presumíveis autores dos atentados em Barcelona e Cambrils formam uma célula que atuou precipitadamente após o fracasso de um primeiro plano que poderia ser sido ainda mais mortal, segundo as primeiras investigações.
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Quatro pessoas foram detidas, três marroquinos e um espanhol, e os cinco passageiros de um Audi A3 que matou uma pessoa em Cambrils foram abatidos pela polícia. Os detidos têm 21, 27, 28 e 34 anos.
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Dos atacantes mortos, três já foram identificados pela polícia. Entre estes poderá estar, de acordo com o porta-voz da polícia local, Josep Lluis Trapero, o condutor da furgoneta que matou 13 pessoas em Barcelona.
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Nenhum dos quatro detidos estava identificado pelas autoridades por atos relacionados com terrorismo, mas alguns tinham antecedentes criminais por delitos comuns.
Os três marroquinos foram detidos em Ripoll, uma pequena cidade com cerca de 10 mil habitantes situada a uma centena de quilómetros a norte de Barcelona, onde foram realizadas buscas. Entre estes está o único suspeito cuja identidade foi revelada: Driss Oubakir, detido na quinta-feira.
O irmão de Driss, Moussa, também estava a ser procurado, como pelo menos outras três pessoas, segundo o jornal "La Vanguardia" de Barcelona. No entanto, há informações que dão Moussa Oukabir como um dos mortos pelas autoridades.
O quarto detido é um espanhol originário do enclave de Melilla, no norte de África, um dos principais redutos de jiadistas em Espanha, tal como a Catalunha, onde o grupo se terá formado.
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Este homem foi detido em Alcanar, 200 quilómetros a sudoeste de Barcelona, onde, na quinta-feira de manhã, uma explosão numa casa provocou um morto e sete feridos.
De acordo com a polícia, o grupo ao qual pertenciam os responsáveis pelos atentados fabricou um engenho explosivo e preparava "atentados de maior envergadura".
A explosão acabou por levá-los a realizar à pressa os atentados de Barcelona e Cambrils, "que não eram da magnitude que previram", ainda segundo a investigação em curso.
Os cinco suspeitos abatidos em Cambrils usavam falsos cintos de explosivos. De acordo com alguns especialistas isso terá acontecido para garantirem que morriam como mártires, já que a polícia não hesita em abater pessoas com cintos de explosivos. Mas esta pode ser também uma maneira de ganharem tempo em relação às autoridades.
Três veículos alugados pelos suspeitos foram recuperados pela polícia e estavam a ser analisados durante a tarde desta sexta-feira. As pessoas responsáveis pelo aluguer dos veículos também estão a ser investigadas.