
Bombeiros combatem as chamas nos vários edifícios
Foto: Yan Zhao / AFP
Pelo menos 36 pessoas morreram, esta quarta-feira, num incêndio que se alastrou a vários edifícios num complexo habitacional de Hong Kong, segundo a imprensa chinesa, sublinhando que havia pessoas presas nos apartamentos. Há ainda 279 desaparecidos, informou o chefe do Executivo local, John Lee.
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"Por enquanto, o fogo provocou a morte de 36 pessoas e há 279 desaparecidos", declarou Lee numa conferência de imprensa durante a madrugada. Além disso, 29 pessoas encontram-se hospitalizadas e sete em estado crítico.
Segundo o portal do "South China Morning Post", entre os mortos está um bombeiro.
As chamas consumiram andaimes de bambu em todos os oito edifícios do bairro social, deixando vários outros moradores presos dentro dos apartamentos, segundo o portal de notícias chinês.
Além de pessoas, uma organização local disse que haverá cerca de uma centena de animais nos edifícios.
Foto: Peter Parks / AFP
O diretor do departamento de bombeiros local, Andy Yeung, disse aos jornalistas que um bombeiro estava entre os mortos e outro teve de receber tratamento médico por exaustão devido ao calor.
Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), vídeos do local mostraram pelo menos cinco edifícios próximos uns dos outros em chamas, com fumo a sair de muitas janelas de apartamentos, ao cair da noite (no horário local). Os bombeiros combatiam as chamas lançando água a partir das escadas dos camiões da corporação.
O violento incêndio lançou uma coluna de chamas e fumo denso enquanto se alastrava pelos andaimes de bambu e telas de proteção instaladas em redor dos prédios, localizados no distrito de Tai Po. Os registos mostram que o complexo habitacional é composto por oito prédios com quase dois mil apartamentos.
Breaking: Fire erupts across multiple buildings in Hung Fuk Court, Hong Kong. Many residents are trapped as firefighters fight to control the blaze. Please stay safe and stay updated. #HongKong #BreakingNews #FireEmergency pic.twitter.com/nZWyiedwX5
- ceanmedia (@ceanmedia) November 26, 2025
A polícia de Hong Kong disse ter recebido vários relatos de pessoas presas nos edifícios atingidos pelo fogo, mas não forneceu detalhes.
O incêndio foi reportado a meio da tarde (no horário local) e, após o anoitecer, as autoridades elevaram-no para o nível 5 de alerta, o nível mais elevado de gravidade, segundo o departamento de bombeiros.
As autoridades do distrito de Tai Po abriram abrigos temporários para as pessoas que ficaram sem casa devido ao incêndio. Tai Po é uma área suburbana nos Novos Territórios, na parte norte de Hong Kong e perto da fronteira com a cidade de Shenzhen, na China continental.
Os andaimes de bambu são comuns em Hong Kong em projetos de construção e renovação de edifícios, embora o Governo tenha anunciado no início deste ano que iria começar a eliminá-los gradualmente dos projetos públicos devido às questões de segurança.
Foto: STR / AFP
Xi Jinping manifesta "solidariedade"
O presidente chinês, Xi Jinping, expressou condolências pelas vítimas do incêndio. A televisão estatal chinesa CCTV noticiou que Xi pediu para ser informado sobre a evolução do fogo e a situação das equipas de emergência, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
Xi solicitou ao Gabinete de Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado e ao Gabinete de Ligação que apoiem o governo local na extinção do incêndio.
Pediu que as diferentes entidades fizessem tudo o que fosse possível para encontrar as pessoas que se suspeita estarem encurraladas nos edifícios em chamas, na assistência médica aos feridos e no apoio pós-incêndio.
Xi também instruiu o chefe do Gabinete de Ligação do Governo central em Hong Kong para transmitir ao chefe do executivo, John Lee, condolências pelos mortos, incluindo os bombeiros, segundo a CCTV.
Manifestou igualmente "solidariedade para com as famílias das vítimas e as pessoas afetadas" pela tragédia.
