Três jovens morreram e três estão em estado grave no hospital, alvejados por um polícia fora de serviço durante uma discussão numa festa em Díli.
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O novo balanço, confirmado à Lusa por fonte oficial do hospital nacional Guido Valadares, em Díli, revê em baixa os números inicialmente divulgados por uma fonte policial, que referia cinco mortos no mesmo incidente.
A fonte hospitalar explicou que cinco pessoas foram hospitalizadas, das quais três estão em situação "muito grave" e duas já tiveram alta.
A mesma fonte explicou que dois dos feridos ainda internados foram submetidos a intervenções cirúrgicas e que o terceiro aguardava entrada para o bloco operatório.
O incidente ocorreu durante a madrugada numa festa no bairro de Culuhun, onde residiam tanto as vítimas como os agressores, desconhecendo-se o que esteve na origem da discussão.
O comandante da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), Julio Hornay, confirmou à Lusa que quatro agentes foram detidos na sequência dos incidentes por estarem armados, fora de serviço, na festa onde ocorreram os disparos. "A informação inicial é de que só dois dispararam contra as pessoas, mas os quatro estavam armados e por isso estão todos detidos e vão ser presentes a tribunal amanhã [segunda-feira]. Só depois da investigação saberemos quem fez o quê", explicou.
O caso está a suscitar críticas nas redes sociais em Timor-Leste, nomeadamente por os polícias usarem a arma de serviço quando não estão a trabalhar.
Incidentes envolvendo agentes ou efetivos militares fora de serviço ocorrem com alguma regularidade em Timor-Leste.
Na semana passada, uma discussão numa festa, envolvendo pelo menos um polícia fora de serviço obrigou a uma intervenção policial e pelo menos duas pessoas ficaram feridas.