Tribunal Penal Internacional abre nova investigação após escalada de massacres no Sudão
Três meses após o início do conflito, os relatos de ataques contra crianças e crimes de violência sexual e de género são cada vez mais frequentes. Já morreram mais de mil civis.
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Desde o dia 15 de abril que o país africano não sabe o que é viver sem estar debaixo de fogo. Nas últimas semanas, porém, os relatos de atrocidades contra civis aumentaram de forma drástica, o que levou o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, nos Países Baixos, a abrir uma nova investigação para analisar eventuais crimes de guerra cometidos por ambas as fações envolvidas no conflito: as Forças Armadas do general Fattah al-Burhan e as Forças de Apoio Rápido (RSF), lideradas pelo general Hemetti.
Karim Khan, procurador-geral do TPI, explicou, num relatório apresentado quinta-feira no Conselho de Segurança da ONU, que as equipas no terreno estão a investigar supostos novos crimes de guerra na região do Darfur, no Oeste do Sudão, estando a dar prioridade a ataques contra crianças e crimes de violência sexual e de género, tendo em conta os inúmeros relatos chocantes que chegaram à instituição – um alerta que já tinha sido dado pela organização Save The Children.