Um tribunal da Arábia Saudita condenou um ativista dos direitos humanos a sete anos de prisão e 600 chicotadas, por ter criticado o poder religioso.
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O homem, identificado como Raef Badaoui, de 35 anos, foi acusado de ter criticado a polícia de costumes saudita e de ter apelado a uma "libertação religiosa", adiantou o advogado Walid Abualkhair, na sua conta no Twitter, citada pela agência noticiosa AFP.
O juiz ordenou ainda o encerramento da página na internet da "rede liberal" cofundada por Raef Badaoui, segundo o advogado.
Raef Badaoui foi detido em junho, na cidade de Jeddah, junto ao Mar Vermelho, depois de, através da rede que cofundou, ter proclamado o dia 7 de maio como uma "jornada do liberalismo" na Arábia Saudita, apelando ao fim do domínio religioso sobre a vida pública do reino ultraconservador.
Já em dezembro, um tribunal tinha pronunciado o ativista pelo crime de apostasia, acusação que a lei islâmica, rigidamente aplicada na Arábia Saudita, pune com a pena de morte. Porém, essa acusação não foi tida em conta na atribuição de pena conhecida esta segunda-feira.