Tropas francesas tomaram esta quarta-feira Kidal, o último bastião islamita no Mali que restava desde que a ofensiva militar começou, mas especialistas alertam que os radicais se reagruparam nas montanhas junto à fronteira argelina.
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A chegada dos militares franceses a Kidal acontece dias depois de Gao e Tombuctu terem sido tomadas numa ofensiva que durou três dias, ao cabo da qual Paris espera entregar a iniciativa a tropas africanas.
O porta-voz do Exército francês confirmou à agência France Presse que os militares chegaram a Kidal durante a noite.
Nos últimos meses, o Ansar Dine e outros grupos radicais islamitas dominaram o norte do país, impondo brutalmente a lei islâmica, com flagelamentos, amputações e execuções daqueles julgados como infratores.
Um especialista francês na zona subsaariana, Alain Antil, disse à France Presse que a falta de resistência dos islamitas não significa que tenham sido neutralizados, alertando que "podem voltar-se para técnicas clássicas de guerrilha, desde o assédio às populações a ataques rápidos com raptos e atentados bombistas".
"Vão reagrupar-se e reposicionar-se na Líbia, Argélia e Tunísia. Antes do mais, fazem parte de uma rede internacional", referiu.